Escutem o Dr. Alisson Pugliesi contando como é ser o único homem no comitê diretivo do estudo BERTHA e como se deu conta disso
Curioso que o inverso não causa estranheza. Quantas vezes uma mulher é a única do gênero feminino em seu grupo de trabalho? E isso de forma nenhuma é causa estranhamento.
O fato do BERTHA ter apenas um homem no comitê diretivo e isso causar estranhamento já diz muito a respeito de nossas expectativas culturais a respeito dos papéis de gênero no ambiente profissional, ou seja, nos informa a respeito da presença de vieses de gênero implícitos. Reflitam sobre. Caroline Criado Perez, no seu livro Invisible Women, mostra dados objetivos sobre o gênero masculino ser o gênero "default".
Por último o estudo BERTHA atua no que professa e tem como compromisso fazer caber a existência feminina de forma mais integral na pesquisa: a gestação e a maternidade fazem parte da vida da mulher e não são um impedimento para o trabalho. Pelo contrário, não queremos perder o talento de mulheres, como essas que integram o BERTHA, apenas por questões transitórias de maternidade.
Declaração de conflitos de interesse: tenho uma filha pequena, esse projeto é dedicado a ela.
As opiniões aqui veiculadas representam minha posição pessoal.
Projeto Respira Evidência por Leticia Kawano Dourado